Agora é oficial: o futsal profissional de São Miguel do Oeste fechou suas portas. Hoje (13) pela manhã o presidente Vilson Watte oficializou, através de fax enviado a Federação Catarinense de Futsal, o pedido de licenciamento da Associação São Miguel de Esportes (ASME) para a temporada de 2010. A partir do próximo ano, se quiser retomar suas atividades, o clube migueloestino terá que começar da estaca zero, começando pela disputa da 1ª Divisão (segundona do futsal).
Infelizmente, conforme colocou Watte, a falta de apoio, principalmente das grandes indústrias do município, não deixou outra saída aos atuais dirigentes senão encerrar as atividades do futsal depois de cerca de três décadas ininterruptas de participação em campeonatos estaduais. Em torno de 40 empresas responderam “não” aos projetos de patrocínios encaminhados pela diretoria da ASME. “Sem o apoio de empresários, é preciso parar. O futsal não pode sobreviver de alguns poucos empresários e, principalmente, do dinheiro de presidentes”, desabafou Vilson Watte.
Sem o apoio financeiro da Prefeitura, as dificuldades para manter a ASME em atividade sempre foram grandes. Não foi pouco o dinheiro que os últimos presidentes João Gambatto, Claudiomar Bortolini e, agora, Vilson Watte colocaram na ASME. Por isso a sobrevivência do futsal profissional era mesmo uma questão de tempo. Mas, não resta a menor dúvida de que o fim da ASME representa um baque muito grande para o esporte de São Miguel. "É um retroscesso para o esporte do município", analisa o técnico Thiago Kempa, que comandou o time em 2009. Que acrescentou: "Mas temos que entender que ninguém trabalha sem dinheiro".
Em função do bom trabalho que realizaram em São Miguel do Oeste, que lhes rendeu até mesmo projeção internacional, os ex-jogadores da ASME não estão tendo dificuldades para conseguir colocação em outros clubes. Dudu e Deco, por exemplo, foram para o futsal da Holanda. Thiaguinho vai jogar no Colegial, em Florianópolis. Índio, Dé, Maizena e Pizettta acertaram com o time de Pato Branco (PR). Já Cris, Doda e o técnico Thiago Kempa continuam com suas situações indefinidas.
fonte jornal regional
